terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Jardineiro

Era uma vez um jardineiro que se chamava Horlando. Todos os dias, ele ficava observando
uma casa, que tinha um jardim com umas plantinhas bem tristes.
A dona daquela casa, a dona Gabriela, não sabia cuidar das plantas; então, o senhor Horlando
estava arrumando um jeito de como falar com ela, para cuidar do seu jardim.
Um dia, dona Gabriela, estava cuidando do jardim, molhando as plantas, quando Horlando descia a rua todo feliz, com seu dente de ouro, mostrando seu sorriso. Ao chegar perto da senhora, perguntou-lhe:
_ Bom dia, dona Gabriela, como vai a senhora? E suas plantas, elas estão tristes?
_ Bom dia, senhor; Eu, de certo, não sei cuidar dessas lágrimas de Cristo, desses pingos de ouro e dessas unhas de gato.
_ Se a senhora quiser, posso cuidar para a senhora: aparo as plantas, deixo seu jardim bem cuidado e faço um preço bem barato.
_ Claro, senhor, pode cuidar, sim; Como é mesmo o seu nome?
_ Horlando, senhora. Quando posso começar a cuidar do seu jardim?
_ Agora mesmo, disse dona Gabriela.
_Vou buscar a minha tesoura, o meu carrinho de mão e algumas outras coisas.
Senhor Horlando, mais do que depressa, buscou suas ferramentas de trabalho.
Dona Gabriela ficou ainda no jardim e viu todo o interesse do senhor Horlando em querer ajudá-la e falou:
_ Como fazer as plantas reanimarem? Elas estão tristes.
_ Senhora, repare as lágrimas de Cristo; É preciso limpar bem direitinho ao redor da planta, mexer a terra, molhá-la. Logo essas folhas ficarão bem verdinhas, essas flores, que parecem laços, ficarão bem bonitas e voltarão a sorrir.
_ Sorrir? Indagou dona Gabriela.
_ Sim, senhora; As plantas sorriem, as pessoas sorriem, e a vida sorri.
À tardinha, senhor Horlando terminou o serviço e ficou de voltar no dia seguinte, para cuidar do jardim de dona Gabriela; Despediu-se. Com um sorriso bonito, com seu dente de ouro, foi embora, em direção da sua casinha, feliz por ter conseguido mais um trabalho.


Regina Rocha

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