sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Jovem Talento


_ Papai! Olhe o que eu fiz!
_ O quê meu filho? Porque você pegou o meu rádio despertador?
_ Eu acabei de montá-lo, papai! :)
_ Montá-lo? Menino! Eu já não disse para você não mexer nas coisas do papai!
O menino com os seus sete anos de idade gostava de estudar eletrônica, ficava pegando os aparelhos do seu pai, para desmontar e montá-los novamente e gostava de ler muito sobre esse assunto, aprendendo cada vez mais.
Logo teve interesse pelos computadores e desde cedo continuava se atualizando e resolvendo pequenos problemas técnicos de manutenção. Foi quando a sua mãe resolveu colocá-lo aos doze anos, em uma escola que lhe ensinasse com segurança para trabalhar com computadores, já iniciando um curso profissionalizante.
Certo dia, ela saiu com seu filho, mostrando-lhe o caminho da escola e ensinou-lhe diversas vezes,sendo que uma vez deixou que ele seguisse o caminho sozinho. O filho pegaria o ônibus à tarde, iria até a escola e ao retornar a mãe o estaria esperando na parada de ônibus.
_ Filho! Faça exatamente como a mãe lhe ensinou. Vá para a escola, preste atenção em seus professores, não tenha medo de errar, pergunte se tiver dúvidas, preste atenção também na saída e ao retornar, quando pegar o ônibus, eu estarei te esperando na parada de ônibus, conforme combinado.
O horário da aula era à tarde. O menino saia após o almoço e retornaria no final da tarde, onde estava acostumado a discutir assuntos técnicos com pessoas com idade mais avançada que a dele, com professores e ele não se intimidava de ser o menor da classe.
Ele participou da aula, fez as lições, pegou a sua apostila e retornou para casa, pegando o ônibus com tranquilidade.
A mãe, na parada de ônibus já estava aflita, pois o filho não aparecia logo. Chegou o primeiro ônibus, desceram os passageiros e nada!
_ Senhor meu Deus! Onde está o meu filho? Eu estou certa meu Deus! Eu estou certa que devo ensinar-lhe cedo o caminho do estudo e trabalho!
O segundo ônibus! Os passageiros desciam lentamente, mas, nem sinal do seu filho.
_ Senhor Deus!
A primeira lágrima no rosto de mãe, o coração apertado.
O terceiro ônibus e entre os passageiros, estava o menino, já vindo sorridente encontrar a sua mãe.
_ Filho!
_ Senhor Deus…obrigada!
_ Como foi a sua aula? Você teve alguma dificuldade?
_ A aula foi ótima mãe, eu desmontei um computador e me ensinaram a usar as ferramentas corretas e como trabalhar com segurança e o professor conversou muito comigo.
A mãe que então estava aflita, sentiu gratidão, por seu filho parecer tanto com seu pai, com espírito criativo, era escultor e cedo já saia para o trabalho, e com seu avô, engenheiro eletrônico, que conversava frequentemente sobre peças com seu neto , com sua mãe que ficava digitando textos em frente ao computador em seu trabalho, quando já o sentia mexer em sua barriga, já louco para nascer e “brincar” com os seus computadores.
Hoje, esse menino é um jovem empreendedor, dinâmico, talentoso, cheio de idéias e adora inventar.
Meu filho maravilhoso…J. Willians.

Regina Rocha

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